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CADAVERINA – é uma amina (C5H14N2) produzida pela hidrólise protéica de tecidos orgânicos de cadáveres de animais em decomposição, de odor fétido e nauseabundo. A descarboxilação da lisina, reação química na qual um grupo carboxilo (COOH) é eliminado deste aminoácido, abundante no corpo das minhocas, na forma de dióxido de carbono (CO2), gera a cadaverina ou pentametilenediamina que provoca, conseqüentemente, o cheiro forte típico da putrefação decorrente da morte delas.
CALCITA – é o carbonato natural de cálcio, cristalizado na forma hexagonal, que constitui o excesso eliminado durante a digestão da minhoca pelas glândulas calcíferas localizadas no esôfago. Este controle da quantidade de íons cálcio, regularmente ejetados no formato de cristais, possibilitam às minhocas poderem viver em solos calcários. Discute-se a eficiência desta secreção em neutralizar alimentos ingeridos ácidos que promovesse reação alcalina no percurso digestivo.
CAMA - é a denominação que se dá ao conteúdo dos canteiros dos sistemas tradicionais de minhocultura preenchidos com substrato. Muito usado pelos minhocultores dos países da América do Norte, o nome certamente se justifica pelo aspecto que ganham os restos orgânicos preparados, depois de distribuídos regularmente em canteiros e aplanados na superfície, semelhantes a uma cama.
CÂMARA CONDUTORA - é uma das divisões da faringe — a seção do início do tubo digestivo da minhoca que precede à cavidade bucal ligada à parede do corpo por faixas musculares responsável pela sucção do alimento ingerido — que conduz o bolo alimentar ao esôfago para prosseguir com o processo digestório. Também chamada de câmara ventral, a câmara condutora fica dividida por duas pregas laterais com a câmara dorsal ou salivar, por onde secretam as glândulas da massa faríngea.
CÂMARA SALIVAR – é uma das divisões da faringe — a seção do início do tubo digestivo da minhoca que precede à cavidade bucal ligada à parede do corpo por faixas musculares responsável pela sucção do alimento ingerido — também chamada de câmara dorsal, por onde secretam as glândulas da massa faríngea, atuando como verdadeira glândula salivar.
CÂMARA ÚMIDA – é o recipiente túrbido revestido internamente por material com propriedades para absorção e retenção de água, usado para acondicionar minhocas em preparação para estudos taxonômicos. Uma placa de petri revestida com papel de filtro umedecido é uma câmara úmida simples onde as minhocas evacuam seu conteúdo intestinal por algumas horas antes de cortes histológicos.
CANAL DEFERENTE - é o canal fino e longo que se localiza esticado ventralmente sobre a face interna da parede do corpo da minhoca ligando os funis seminais ao exterior através dos poros masculinos. Também chamados de espermioductos, os canais deferentes carregam os espermatozóides e se unem na face interna da próstata com o ducto desta glândula formando um espesso e musculoso ducto comum.
CANTEIRO – é a unidade de produção dos sistemas convencionais de minhocultura, construída em alvenaria, em dimensões regulares de 10m de comprimento, 1m de largura e 0,5m de altura, que recebe a matéria-prima preparada e minhocas para consumi-la. Coberto com telhas de amianto ou palhada, o canteiro pode ter seu piso revestido com cimento pe proteção contra o acesso de formigas, como valetas d`água ao seu redor, por exemplo.
CAPA – é o nome que se dá aos vários tipos de cobertura que se sobrepõem, diretamente ou com algum espaço, à superfície do substrato de um minhocário. Com as funções prioritárias de minimizar a desidratação e impedir a incidência luminosa no interior do substrato, as capas de minhocários em canteiros variam entre camadas de capim picado, folhas de palmeiras, telhas de fibrocimento e telas plásticas de sombreamento, por exemplo.
CATAÇÃO - é a prática de colheita manual de minhocas feita após a humificação do substrato que as separa do húmus por elas produzido, visando a medição de indivíduos, repovoamento de criatório e aproveitamento do húmus. Minhocultores experientes em catação podem recolher até 3600 animais adultos em uma hora de substrato bem povoados com minhocas vermelha-da-califórnia, por exemplo.
CATEQUINA – é um polifenol incolor, solúvel em água, encontrado nos vegetais, especialmente nas frutas, hortaliças e folhas de chá, de extrema importância farmacológica. Nas partes vegetais vivas ou com pouco tempo de desintegração, se presume que a presença da catequina evite a ingestão pelas minhocas, explicando o porquê de não consumirem raízes e folhas integradas que se esbarram na superfície do solo.
CAVIDADE BUCAL - é a pequena câmara que segue logo após o orifício bucal provida de terminações nervosas de detecção do paladar que determinam a aceitação pelo substrato ingerido e a permanência do animal nele. A cavidade bucal, que se localiza compreendida internamente entre os primeiros segmentos do corpo da minhoca, em algumas espécies se apresenta naturalmente projetada para fora.
CECOS - são duas bolsas fechadas nas extremidades dirigidas para frente, localizadas no intestino da minhoca e que oferecem espaço ao alimento durante sua lenta digestão. Nestas expansões laterais, que fazem dilatar a espessura do intestino das minhocas podendo ocupar até três segmentos, foi detectada a amilase, a enzima que desdobra o amido de alimentos vegetais eventualmente ingeridos.
CELOMA – é o espaço limitado entre a parede do corpo da minhoca e o tubo digestivo, revestido pelo peritônio, que contém líquido celomático aquoso com corpúsculos livres incolores. Se se considerar o corpo da minhoca como sendo um tubo dentro do outro, o celoma seria a cavidade que existe entre esses dois tubos.
CÉLULAS CROMÓFILAS - são as células glandulares localizadas na parede dorso-lateral da faringe que, de tão acumuladas, dão o aspecto irregular e lobulado à parede dessa região do sistema digestivo. As células cromófilas, que em conjunto recebem o nome de bulbo ou massa faríngea, são responsáveis pela secreção salivar e assim se denominam por terem afinidade por certos corantes químicos durante os estudos de tecido do corpo da minhoca.
CELULASE – é a enzima presente no intestino das minhocas que quebram a celulose, o hidrato de carbono que constitui a base dos tecidos vegetais e principalmente as paredes das células das fibras. Especialidade de poucos animais, nas minhocas a desdobra da celulose e seu aproveitamento nutricional ocorre em decorrência da ingestão de restos orgânicos vegetais, como raízes, folhagens e caules em decomposição.
CERDAS - são pêlos que têm a função primária de auxiliar a minhoca na locomoção, encontrados em quase todo seu corpo em número de quatro ou mais pares por segmento. É o que se faz arranhar quando se escorrega a mão fechada ao longo do corpo da minhoca.
CERDOTAXIA - é a disposição das cerdas nos segmentos do corpo da minhoca, importante na taxonomia de oligoquetas. Existem dois tipos básicos de arranjo: a disposição lumbricina, em que há quatro pares de cerdas por segmento, simétricas duas a duas, e a disposição periquitina, em que há mais de oito cerdas por segmento dispostas em anel. Espécies da família Lumbricidae representam o primeiro tipo e outras da família Megascolecidae, o segundo.
CÉREBRO - é a fusão de dois gânglios situada na parte dorsal da cabeça da minhoca, acima da faringe, que se unem aos gânglios da cadeia nervosa ventral, através de dois nervos que envolvem o esôfago. A conformação da cadeia nervosa ventral na minhoca se caracteriza pela interligação de gânglios dos segmentos fazendo lembrar uma escada, lhe conferindo por isto, a denominação de sistema ganglionar escalariforme.
CHAMARIZ – é o recipiente com volume menor de substrato para onde minhocas são atraídas e acumuladas até serem colhidas com mais facilidade. Na UPM (Unidade de Produção - Minhocas) do sistema de minhocultura em colchões plásticos, o Minhobed, os filhotes que completam cinqüenta dias de desenvolvimento são transferidos para o chamariz de onde são removidos para uso ou comercialização.
CHARLES ROBERT DARWIN – foi um importante naturalista inglês que viveu no século dezenove, especialmente lembrado por ter formulado a teoria da evolução, que explica como as diferentes espécies de animais se desenvolveram ao longo do tempo. Dentre suas numerosas publicações, destaca-se a obra precursora "A formação do húmus através da ação de minhocas, com observações de seus hábitos", que abordou o papel do anelídeo no solo, em 1881.
CHIBUI BARI - é o nome dado ao pequeno minhocuçu da família Glossoscolecidae, endêmico da região norte brasileira, referindo-se à similaridade da baba secretada por um caracol lendário amazonense de nome chibui. Podendo atingir o comprimento de até cinqüenta centímetros e com capacidade expressiva de escavação, essa minhoca ejeta montículos elevados de coprólitos e emite um som semelhante ao de sucção quando penetra abruptamente em seus túneis.
CHORUME - é o líquido desprendido pela biodegradação da parede da célula de restos vegetais e animais em decomposição. Nos lixões, este líquido escuro e malcheiroso pode poluir diretamente os cursos d’água ou se infiltrar no solo e contaminar o lençol freático. Se usado como adubo, o chorume incorpora ao solo substâncias fitotóxicas, inibe a germinação de sementes e desfavorece o desenvolvimento vegetal.
CLITELLATA - é a classe em que se agrupam os anelídeos que possuem o clitelo, o espessamento diferenciado na extremidade anterior de seus corpos com importância na reprodução. Formada por aproximadamente oito mil espécies, a classe dos clitelados engloba as sanguessugas (subclasse Hirudinea) e as minhocas (subclasse Oligochaeta), mas não incluem os poliquetos marinhos (subclasse Polichaeta).
CLITELO - é um espessamento esbranquiçado da extremidade anterior do corpo da minhoca, localizado próximo da cabeça, bem visível na maturidade sexual, provido de glândulas secretoras de substâncias que revestem a região de junção durante a cópula, que forma a cápsula envoltória do casulo e protegem e nutrem os embriões.
CLORAGÓGENAS - são células arredondadas e amareladas que revestem todo o exterior da parede fina do intestino, podendo auxiliar na distribuição de gorduras ou na eliminação de resíduos do sangue para mais tarde tornaram-se livres no celoma.
COLCHÃO - é o recipiente plástico desmontável com moldura metálica dobrável e capa retrátil em tecido não tramado que recebe o substrato e as minhocas durante a etapa de humificação do substrato ou reprodução de minhocas. No sistema de minhocultura Minhobed, o colchão é um dos seis componentes da unidade de produção que produz cinqüenta quilos de minhocas ou duas toneladas de húmus mensalmente.
COLHEITA - é a prática de recolhimento do húmus depois de o substrato ter sido processado pelas minhocas. O húmus, no sistema de criação em caixas, é retirado das caixas humificadas logo após a passagem das minhocas para a caixa inferior abastecida com mais alimento e maior umidade e no sistema de minhocultura em canteiros, é recolhido e levado à peneira para separação de minhocas.
COLÔNIA – é o conjunto inicial de minhocas de um criatório rigorosamente selecionadas sob os critérios de estágio de vida, condições fisiológicas e pureza de espécie. As colônias, constituídas por indivíduos vigorosos e sexualmente maduros, são destinadas à reprodução para ampliação do minhocário ou produção de minhocas.
COLÔNIA HUMIFICADORA - é o conjunto de minhocas de qualquer espécie detritívora com volume mensurado conforme a atividade prioritária de humificação de um substrato em um determinado período insuficiente para a eclosão de casulos. Normalmente, uma colônia humificadora de vermelha-da-califórnia (Eisenia andrei), por exemplo, formada por quatro quilos de minhocas adultas, transforma cem litros de substrato em húmus durante vinte e cinco dias.
COMPOSTAGEM - é o processo de transformação de restos vegetais e esterco animal em adubo vegetal, sob atuação de microrganismos aeróbicos, mesófilos e termófilos. A técnica milenar, que envolve amontoamento, revolvimento e umedecimento, é também muito utilizada por parte dos minhocultores para tratar os restos orgânicos previamente à inoculação das minhocas.
CONSANGÜINIDADE – é a condição de indivíduos com ascendência comum e que, se cruzados entre si, sob o risco de deficiências reprodutivas, podem gerar descendentes com anomalias e prejuízos à saúde. Na minhocultura, a consangüinidade provoca a queda na produção de casulos e na baixa fertilidade das matrizes, ao menor comprimento e peso dos indivíduos ao atingirem a maturidade sexual.
CONSERVAÇÃO – é a última etapa na preparação de minhocas para coleção em que os indivíduos são imersos em líquidos para assegurarem ao máximo o aspecto vivo de suas estruturas. Os animais conservados freqüentemente turvam e enfraquecem as soluções conservadoras — as mais usadas são a formalina 5% e o álcool etílico 80% — que devem ser substituídas anualmente.
CONSUMO - é a primeira etapa do ciclo do sistema de minhocultura em caixas, o Minhobox, na qual a colônia consome todo o substrato de uma caixa. O consumo, que atinge humificações de mais de 95% de todo a matéria-prima, ocorre sem a necessidade de, em qualquer momento, reidratar o substrato que se mantém na umidade desejada durante toda a etapa.
COPROFAGIA – é o modo de alimentação das minhocas sob determinadas condições que as impelem de se nutrir do próprio excremento, gerando agregados sucessivamente menores. A coprofagia em minhocas, que pode ser provocada, por exemplo, com adiamentos da colheita de húmus num minhocário, é possível porque elas assimilam uma quantia inferior a somente dez por cento do total da matéria orgânica ingerida.
COPRÓLITOS - são grânulos de massa fecal produzidos pela minhoca, de formato geralmente ovalado, que se enrijecem assim que excretados pelo ânus localizado no pigídio, o último anel de seu corpo. Com coloração similar ao substrato ingerido pelas minhocas, os coprólitos, que compõem o conhecido húmus, têm formas distintas e próprias de cada espécie: a gigante-africana (Eudrilus eugeniae), por exemplo, produz coprólitos compridos e pontiagudos.
COPRÓLITOS MINERAIS - são as partículas que compõem o excremento das minhocas, geralmente ovaladas e enrijecidas posteriormente à ejeção, constituídas por grânulos minerais. Os coprólitos minerais são excreções específicas de minhocas geófagas, como as produzidas pela espécie que mais ocorre no solo brasileiro, a rosa-mansa (Pontoscolex corethrurus).
COPRÓLITOS ORGÂNICOS - são as partículas que compõem o excremento das minhocas, geralmente ovaladas e enrijecidas posteriormente à ejeção, constituídas por restos vegetais e animais podendo conter pouca quantidade de grânulos minerais. Os coprólitos orgânicos são excreções específicas de minhocas detritívoras, como as produzidas pelas espécies comerciais vermelha-da-califórnia (Eisenia fetida) e gigante-africana (Eudrilus eugeniae).
COPRÓLITOS ORGANO-MINERAIS - são as partículas que compõem o excremento das minhocas, geralmente ovaladas e enrijecidas posteriormente à ejeção, constituídas por grânulos minerais e orgânicos. Os coprólitos organo-minerais são excreções típicas de minhocas que alternam a permanência nos solos minerais e camadas superficiais compostas por detritos, como os da espécie puladeira-havaiana (Aminthas gracilis).
CÓPULA - é o ato de acasalamento que se caracteriza em minhocas por se posicionarem, ventre a ventre, com a cabeça de uma em direção oposta à da outra, de tal forma que se permita alinhar os poros genitais masculinos de uma, com orifícios das espermatecas de outra e vice-versa. Durante a união, que se prolonga por várias horas, há troca de sêmen entre as minhocas, protegida por um muco que as reveste na região da junção.
COPULAÇÃO – é o ato de acasalamento que se caracteriza em minhocas por se posicionarem, ventre a ventre, com a cabeça de uma em direção oposta à da outra, de tal forma que se permita alinhar os poros genitais masculinos de uma, com orifícios das espermatecas de outra e vice-versa. Durante a união, que se prolonga por várias horas, há troca de sêmen entre as minhocas, protegida por um muco que as reveste na região da junção.
CORAÇÃO - é a designação que se dá a cada um dos arcos aórticos, sempre pares, localizados na região do esôfago responsável pelo bombeamento do sangue ao longo do corpo da minhoca. Semelhantes a pequeninas bolsas, os corações variam em número em cada uma dos milhares de espécies de minhocas: a invasora rosa-mansa (Pontoscolex corethrurus), como a maioria delas, tem dez corações.
CORDÃO NERVOSO – é a fileira de corpos celulares nervosos, separados e atuando como um centro de influência nervosa, que se repetem conectados entre si no assoalho do celoma, estendido sobre o vaso sanguíneo sub-neural, do prostômio até a cavidade anal da minhoca. Por se assemelhar a uma escada, o cordão nervoso da minhoca, que tem a função de receber e conduzir determinados estímulos, é do tipo escalariforme.
CORTÍCOLAS – são minhocas da categoria epigéica – classificação ecológica determinada pela preferência de ambiente dada às espécies de hábita de terra firme ou de várzea e que têm o solo mineral apenas como refúgio temporário, em situação de adversidades – que vivem sob a casca de árvores caídas, alimentando-se de madeira em decomposição.
CUTÍCULA - é o revestimento interno do corpo da minhoca, delgado, transparente e brilhante, formado por quitina e que antecede à epiderme. Marcada com estriações transversais finas, produz, principalmente em algumas espécies, como a gigante-africana (Eudrilus eugeniae), por exemplo, uma ligeira iridescência, a reflexão das cores do arco-íris.
COSMOPOLITA - é a qualificação que pode ser atribuída à espécie de minhoca que se ambienta bem às condições diversificadas de várias partes diferentes do globo. A minhoca vermelha-da-califórnia (Eisenia andrei) é um exemplo representativo de minhoca cosmopolita pela expressiva adaptabilidade em numerosos países de condições geográficas diferentes disseminada antroporicamente em projetos de minhocultura.
CAPILARES – são um tipo de cerdas — pêlos inseridos em quatro ou mais pares em quase todos os segmentos do corpo da minhoca com a função primária de locomoção e, às vezes, associados à reprodução — que podem ser lisas, serrilhadas (com dentículos de um lado) ou penadas (com dentículos de dois lados). Delgadas como um fio, estas cerdas filiformes ocorrem em minhocas da família Eudrilidae.
Afrânio Augusto Guimarães - zootecnista / MINHOBOX
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