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Curso de Minhocultura 2.16

Na cidade de São Paulo, nos dias 3 e 4 de dezembro, a Minhobox realizou o segundo Curso de Minhocultura de 2016 em que, mais uma vez, disseminou as novas técnicas na atividade desenvolvidas pela empresa ao longo dos últimos vinte e três anos.

Durante os dois dias, participantes de norte a sul do país, das mais diversas profissões, receberam a experiência de mais de duas décadas em minhocultura de um dos zootecnistas da Minhobox, com destaque nas técnicas de criação de minhocas em caixas e em colchões plásticos, alternativas aos métodos convencionais conduzidos em canteiros ou em recipientes improvisados.

No Hotel Saint Charbel, situado na região central de São Paulo, a exemplo dos últimos cursos acontecidos na capital paulista, o evento capacitou os participantes a conduzir suas minhoculturas criteriosamente, apresentou métodos diferentes de converter diversos tipos de matéria-prima em alimento de minhocas, possibilitou a adoção de espécies de minhocas incomuns com potencial de uso, mostrou formas diferentes de se aumentar a rentabilidade da atividade e outros temas pertinentes.

 

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Os numerosos assuntos abordados durante a preleção eram enriquecidos com a vasta experiência do zootecnista Afrânio Augusto Guimarães. Dentre eles, a sua proposta de adotar espécies incomuns na minhocultura, reportada em livro americano que compilou as tecnologias na atividade por todo o mundo.

 

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O destaque deste Curso de Minhocultura foi o lançamento do Minholix, um reciclador biológico que, orientado por um aplicativo e desenvolvido sob critérios zootécnicos, transforma em apartamento as fezes frescas de cães em húmus de minhocas em apenas três semanas, sem gerar mau cheiro.

 

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Na tarde do sábado, no intervalo da parte teórica, durante o coffee break, além de degustarem quitutes, os participantes se conheceram melhor, compartilharam seus objetivos na minhocultura e até formaram um grupo no WhatsApp para trocarem suas experiências e exporem suas dúvidas após o evento.

 

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Pouco considerada pelos minhocultores, o zootecnista abordou a consangüinidade em minhocas que pode gerar decréscimo reprodutivo e anomalias na prole. Na oportunidade, citou a necessidade do cruzamento do plantel com uma população de mesma ancestralidade para a manutenção do êxito de qualquer minhocultura.

 

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Com o auxílio de uma lupa, um dos cursistas observa dezenas de casulos de seis espécies de minhocas, acondicionados vivos, com potencial de exploração na minhocultura, incluindo minhocas incomuns e ainda sem classificação. Dentre elas, a minhoca-cabelo (Ocnerodrilidae sp), indicada para alimentar peixes de aquário.

 

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Os húmus obtidos por várias espécies de minhocas detritívoras, suas granulações, formatos e particularidades, foram apresentados na aula prática, na manhã de domingo. Em destaque, o húmus da minhoca gigante-africana, com aspecto de chocolate granulado usado na culinária para cobrir o doce brigadeiro.

 

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Uma das turmas observa uma cobra-de-duas-cabeças, um réptil muitas vezes confundido com minhocuçu, que é predadora de minhocas na natureza ou nos criatórios conduzidos pelo método tradicional de minhocultura em canteiros. Este anfisbenídeo devora dezenas de minhocas num único dia.

 

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Outra turma observa o fundo da caixa Minhobox que é completamente removível. Sem grade ou perfurações, a caixa humificada, então sem o fundo, é sobreposta a uma caixa abastecida de substrato novo para as minhocas migrarem e se separarem do húmus que produziram.

 

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Dos participantes, apenas cinco residiam em São Paulo e havia pessoas de várias profissões: de Manaus, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte, os inscritos se compunham de fotógrafo, agricultor, designer, biólogo, piloto de avião e administrador de empresa, por exemplo.