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Minhocas na cura da asma

  • Minhocas na cura da asma
  • Utilizadas pelas medicinas orientais há milênios, as minhocas possuem propriedades medicamentosas que tratam a asma com extrema eficiência.

Duzentos e trinta e cinco milhões! Este é o estrondoso número de pessoas no mundo que, segundo a Organização Mundial de Saúde, sofrem de asma e da dor de desconhecerem a cura para a doença.

Caracterizada pela reação crônica da inflamação, obstrução e infiltração das vias aéreas provocada por agentes alergênicos (ácaros, mofo, pólen e pelos de animais), contaminantes atmosféricos (produtos de limpeza poeira e fumaça), infecções respiratórias viróticas e reações emocionais, a asma é uma doença que tira o fôlego de dez por cento da população brasileira.

A palavra asma provém de asthma que, na língua grega, exprime a condição ofegante e a dificuldade em respirar. Na crise de asma, a musculatura dos brônquios se contrai, reduzindo seus calibres e lhes diminuindo a capacidade respiratória, fazendo jus ao significado etmológico.

O asmático nada mais é do que um indivíduo que reage com mais intensidade a uma alergia respiratória. Para tratar desta condição, a medicina convencional faz uso da prevenção, adotando drogas químicas inaladas, injetadas e orais que minimizam a sensibilidade aos fatores inflamatórios, e do controle, recomendando o uso de remédios que revertem o quadro de contração dos brônquios.

Atualmente, as drogas de primeira linha usadas no tratamento da asma são os glicocorticóides, um grupo de fármacos imunossupressores e antiinflamatórios que não apresentam a mais plena eficácia no combate à doença e geram efeitos adversos como a susceptibilidade a infecções, a perda de massa óssea, as desordens menstruais, a osteoporose, a redução da massa muscular, a catarata, a depressão e o glaucoma, entre muitos outros.

Para suprir esta insuficiência e evitar esta colateralidade, as terapias alternativas, milenares na maioria das vezes, têm reaparecido com força nas últimas décadas no combate à asma, associada e complementando a medicina alopática, sempre através de meios naturais e menos onerosos. 

Ao lado da homeopatia, da acupuntura e das medicinas tradicionais herbalistas, a indiana Ayurveda, a Islâmica e a Grega, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), viva há quase três milênios, se destaca com o princípio básico da teoria da energia vital do corpo e que faz uso de medicamentos feitos à base de ervas, mescladas ou não a animais.

Na formulação dos remédios, a MTC utiliza um grupo absurdamente numeroso de cinco mil, setecentos e sessenta e sete animais com propriedades medicinais, em que se incluem, por exemplo, espécies de marimbondo, abelha, bicho-da-seda, tatuzinho-de-quintal, cigarra, cobra, lagartixa, escorpião, cigarra e formiga.

Às minhocas, as medicinas tradicionais alternativas praticadas no Japão, na China e na Coréia reservam um papel relevante numa gama muito diversificada de enfermidades e de práticas médicas: doenças anafiláticas, destoxificação metabólica, na aceleração do parto, doenças cardiovasculares, traqueíte, epilepsia, esquisofrenia, úlceras da perna, prostatite crônica, fratura, erisipela, artrose, artrite, seqüelas de encefalite B, lombalgia crônica, apoplexia, vertigem, hematêmese, hematúria, úlcera digestiva, cálculo vesical e até mesmo o câncer.

No tratamento da asma, o di long, a denominação médica chinesa dada às minhocas, é especialmente indicado ao se reconhecer seus componentes fármacos isolados por cientistas orientais como a lumbritina, a lumbrofoebina, a lumbroquinase e o terrestrolumbrolisina.

Os estudos farmacológicos que motivaram o uso de minhocas no tratamento da asma mostraram que estes componentes podem antagonizar o papel da histamina e da policarpina, substâncias com ação vasodilatadora e constritora da musculatura dos brônquios mediante agentes alergênicos e, assim, aumentar os efeitos antialérgicos.

Seguem experimentos que comprovaram a eficácia das minhocas no tratamento da asma:

 

Há milhares de anos, as minhocas são utilizadas como fonte de alimento e no tratamento de várias doenças. Muitas linhas de medicina alternativa na China, no Japão e na Coréia desenvolveram aplicações medicinais do di long, a denominação médica chinesa dada às minhocas, a partir do aproveitamento delas como suplemento nutritivo. A curiosidade no potencial das propriedades medicinais das minhocas fez com que se buscasse a comprovação através de experimentos científicos. Os questionamentos e as buscas se pautaram preliminarmente no sistema imunológico inato da minhoca, repleto de substâncias apropriadas à defesa orgânica. As minhocas oferecem uma enorme quantidade de benefícios à saúde humana sem os efeitos adversos de medicamentos comuns e com custos bem menores de produção.

 

Espécies do gênero Pheretima originárias da Ásia são as minhocas tradicionalmente usadas no tratamento da asma: exemplares de Pheretima aspergillum, Pheretima vulgaris, Pheretima guillelmi e Pheretima pectinifera são coletados no campo íntegras, adultas e vigorosas, dissecadas para lhes remover as vísceras e o conteúdo intestinal, antes de serem lavados e desidratados sob o sol ou através de processos a temperaturas baixas. A estação do ano de captura destas minhocas varia conforme a espécie: P. aspergillum entre a primavera e o outono e as demais no verão. A ingestão diária recomendada do di long é de 10 a 20 gramas do produto in natura ou de 1 a 2g do medicamento em pó.

 

Para atender as medicinas alternativas milenares, especialmente a Medicina Tradicional Chinesa, os produtos para o tratamento da asma à base de minhocas são comercializados em numerosas lojas de países orientais ao lado de outros medicamentos formulados com outros animais e, principalmente, plantas.

 

Comunidades do estado de Tamil Nadu, situado à leste da extremidade sul da península indiana, usam dezesseis espécies de animais no combate às doenças, com destaque para as minhocas no tratamento da asma. Crianças com até onze anos com crise asmática recebem duas vezes ao dia, durante três dias, um preparado à base do muco de espécies nativas: a porção de cinco gramas de açúcar depois de duas horas absorvendo o líquido celomático de cinco a seis minhocas adultas. Dos medicamentos formulados com animais nesta região, segundo a pesquisa “Uso tradicional terapêutico de animais em comunidades of Tamil Nadu”, publicada no Indian Journal of Traditional Knowledge, este é o que oferece melhor alívio na asma e previne a recorrência da doença no restante da vida dos pacientes.

 

Afrânio Augusto Guimarães – zootecnista / MINHOBOX
Jornal da Minhoca - edição 70 - Abril de 2015
Atualizada em abril de 2025